A Mulher Etíope de Moisés
Aquele temperamento terrível de mulher era mais ou menos o temperamento da mulher de Moisés, conhecida como Zípora, tataraneta de Quetura, a segunda esposa de Abraão, das terras de Midian, do outro lado do Mar Vermelho. O problema é que ela jamais esteve no Egito como esposa de Moisés de acordo com a Bíblia.
Observando o livro de Êxodo, capítulo
4, lemos um pouco da história deste casal que nada têm em comum.
É o capítulo do chamado de Moisés
(Êxodo 4: 17-28):
17. Tomarás, pois, na tua mão esta vara, com que hás de fazer os sinais.
18. Então partiu Moisés, e voltando para Jetro, seu sogro, disse-lhe: Deixa-me, peço-te, voltar a meus irmãos, que estão no Egito, para ver se ainda vivem. Disse, pois, Jetro a Moisés: Vai-te em paz.
19. Disse também o Senhor a Moisés em Midiã: Vai, volta para o Egito; porque morreram todos os que procuravam tirar-te a vida.
20. Tomou, pois, Moisés sua mulher e seus filhos, e os fez montar num jumento e tornou à terra do Egito; e Moisés levou a vara de Deus na sua mão.
21. Disse ainda o Senhor a Moisés: Quando voltares ao Egito, vê que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu endurecerei o seu coração, e ele não deixará ir o povo.
22. Então dirás a Faraó: Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito;
23. e eu te tenho dito: Deixa ir: meu filho, para que me sirva. mas tu recusaste deixá-lo ir; eis que eu matarei o teu filho, o teu primogênito.
24. Ora, sucedeu no caminho, numa estalagem, que o Senhor o encontrou, e quis matá-lo.
17. Tomarás, pois, na tua mão esta vara, com que hás de fazer os sinais.
18. Então partiu Moisés, e voltando para Jetro, seu sogro, disse-lhe: Deixa-me, peço-te, voltar a meus irmãos, que estão no Egito, para ver se ainda vivem. Disse, pois, Jetro a Moisés: Vai-te em paz.
19. Disse também o Senhor a Moisés em Midiã: Vai, volta para o Egito; porque morreram todos os que procuravam tirar-te a vida.
20. Tomou, pois, Moisés sua mulher e seus filhos, e os fez montar num jumento e tornou à terra do Egito; e Moisés levou a vara de Deus na sua mão.
21. Disse ainda o Senhor a Moisés: Quando voltares ao Egito, vê que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu endurecerei o seu coração, e ele não deixará ir o povo.
22. Então dirás a Faraó: Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito;
23. e eu te tenho dito: Deixa ir: meu filho, para que me sirva. mas tu recusaste deixá-lo ir; eis que eu matarei o teu filho, o teu primogênito.
24. Ora, sucedeu no caminho, numa estalagem, que o Senhor o encontrou, e quis matá-lo.
25. Então Zípora tomou uma faca de
pedra, circuncidou o prepúcio de seu filho e, lançando-o aos pés de Moisés,
disse: Com efeito, és para mim um esposo sanguinário.
26. O Senhor, pois, o deixou. Ela
disse: Esposo sanguinário, por causa da circuncisão.
27. Disse o Senhor a Arão: Vai ao deserto, ao encontro de Moisés. E ele foi e, encontrando-o no monte de Deus, o beijou:
28. E relatou Moisés a Arão todas as palavras com que o Senhor o enviara e todos os sinais que lhe mandara.
29. Então foram Moisés e Arão e ajuntaram todos os anciãos dos filhos de Israel;
30. e Arão falou todas as palavras que o Senhor havia dito a Moisés e fez os sinais perante os olhos do povo.
27. Disse o Senhor a Arão: Vai ao deserto, ao encontro de Moisés. E ele foi e, encontrando-o no monte de Deus, o beijou:
28. E relatou Moisés a Arão todas as palavras com que o Senhor o enviara e todos os sinais que lhe mandara.
29. Então foram Moisés e Arão e ajuntaram todos os anciãos dos filhos de Israel;
30. e Arão falou todas as palavras que o Senhor havia dito a Moisés e fez os sinais perante os olhos do povo.
Nenhum ministério será próspero se sua
esposa não estiver afinada à visão de Deus e à obediência de seu marido. O
casamento de Moisés com Zípora foi fruto de uma fuga do Egito, foi um jugo
desigual. Zípora jamais teria amor pela missão que lhe foi confiada, não era
hebréia e nem se importava com os hebreus no Egito. A missão de Moisés era a
missão de Moisés. Não tinha nada a ver com ela, sendo de Midiã. Parece muito
estranho no decorrer da leitura bíblica que de repente o Senhor queira matar a
Moisés (ver o verso 24). “Ora sucedeu no caminho numa estalagem, que o Senhor o
encontrou, e quis matá-lo.” Como podemos entender isto se no contexto Deus
estava chamando a Moisés para uma missão, lhe havia feito promessas e de
repente o queria matá-lo? Qual seria a razão para tamanho desastre?
A razão está clara: Moisés havia
falado da circuncisão de seus filhos para sua mulher. Este é o primeiro
grande problema do jugo desigual: a desigualdade de obediência a Deus.
Zípora jamais entenderia a circuncisão
sendo ela gentia. A impressão que ela mesma disse que tinha de seu marido era
esta: homem sanguinário. Deus quis matá-lo porque ele deixou a decisão nas suas
mãos. Ela não queria a circuncisão. Quando ela viu que Moisés morreria por não
obedecer a Deus, ele mesma circuncidou o seu filho (outro erro).
Seu marido deveria ter feito a circuncisão. A que ela fez não teve valor. Por outro lado, a falta de respeito a visão de Deus que ele tinha e a ele mesmo como esposo no texto é visto claramente: “tomou uma faca de pedra, circuncidou o prepúcio de seu filho e, lançando-o aos pés de Moisés, disse…” Sua atitude é terrivelmente grosseira e sem nenhum respeito. “Lançou-o aos pés de Moisés”. A opinião que ela tinha de Moisés era esta: “és para mim um esposo sanguinário”.
Seu marido deveria ter feito a circuncisão. A que ela fez não teve valor. Por outro lado, a falta de respeito a visão de Deus que ele tinha e a ele mesmo como esposo no texto é visto claramente: “tomou uma faca de pedra, circuncidou o prepúcio de seu filho e, lançando-o aos pés de Moisés, disse…” Sua atitude é terrivelmente grosseira e sem nenhum respeito. “Lançou-o aos pés de Moisés”. A opinião que ela tinha de Moisés era esta: “és para mim um esposo sanguinário”.
Vejamos aqui várias coisas:
1. A desobediência
de Zípora que quase causou o aborto de sua missão.
2. A
desobediência que quase causou a morte de Moisés.
3. A
Precipitação de Zípora no estabelecimento da doutrina por sua conta.
4. A falta
de respeito em lançar o prepúcio do menino nos pés do marido.
5. A
opinião que tinha de seu esposo.
6. Não
seguiu com ele como havia proposto (v. 24) e voltou para a casa de seus pais
(Êx 16 ).
Deus teve que enviar Arão para ajudar
a Moisés no deserto. A localização de Midiã em relação ao Egito é tremenda (v.
27). Moisés estava desolado no monte Horebe, triste quando Arão, seu irmão
chegou. Para onde foi sua esposa? Para a casa de seu pai.
Quero começar a formar uma realidade,
na qual Moisés viveu longos anos de sua vida. Ele seguiu para o seu povo, mas
Zípora jamais considerou os hebreus seu povo. Ela jamais pôde dizer como Rute
“o Deus será o meu Deus e o teu povo será o meu povo”.
Quando Moisés chegou à casa de Jetro,
pai de Zípora, tinha aparência de egípcio. Lá Deus foi tratando com ele, pois a
família de Jetro era uma família sacerdotal. Mas isto não garantia a santidade
da filha. Ele não podia queixar-se de falta de oportunidade, pois Jetro tinha
sete filhas. Ele pode escolher dentre sete mulheres.
A falta de companheirismo no
ministério é um grande perigo à vista para o matrimônio. Quando uma mulher
decide ausentar-se da vida de seu marido por razões tais como 1) cuidado da
casa, 2) criação dos filhos, 3) metas pessoais, 4) cuidado dos pais, etc., está
dando brecha para desestruturação do seu matrimônio.
Zípora decidiu ausentar-se da vida de
Moisés e de seu ministério. Ele nunca comprou a briga pelo seu ministério,
nunca se interessou nele. Moisés era importante enquanto estivesse na casa de
seus pais, no seu país, na sua cultura, Fora disso era um homem sanguinário. A
opinião que tinha de Moisés estava formada há muito tempo. Não era simplesmente
pela atitude de circuncidar a seu filho, mas estava lançando em rosto a sua
vida passada. Naturalmente ele havia contado algo sobre o seu passado, quando
havia morto o egípcio, razão pela qual estava ali em Midiã, como fugitivo. Esta
atitude é mais natural partindo do homem maligno, mas em vindo de uma mulher é
ainda mais cruel.
Conviver
com Zípora no ministério requer abnegação, humildade e consciência de um
chamado indestrutível. O coração de Moisés estava ferido em Horebe quando Arão
veio encontra-lhe. Qualquer outro homem foge para os braços de outra mulher,
justificando todas as circunstâncias adversas que passa e na maioria das vezes
de forma injusta. Moisés fugiu para o monte de Deus. Quando Deus avisou Arão
para que viesse, Moisés estava sofrendo em Horebe, repensando toda a sua vida.
Que tipo de situação estava enfrentando o grande libertador! Não é fácil ter em
seus ombros a responsabilidade de conduzir o povo de Deus quando os colegas
acusam a Moisés que ele não pôde administrar a sua casa. Na maioria das vezes
utilizamos textos bíblicos somente para justificar atitudes de outros, nunca as
nossas próprias atitudes. O grande libertador estava sem família, sem filhos, e
sozinho chorava no Horebe (Êx 4. 27.
Buscar
ajuda no meio da família nestes momentos é a melhor saída. Os irmãos de fato
nunca nos abandonam. Deus agora estava levando seu irmão Arão para consolá-lo,
abraça-lo e ajudá-lo.
Moisés
não se queixou de sua mulher para seu irmão, ele relatou seu chamado, de como Deus
o havia chamado. Ele deveria ter-lhe confidenciado alguma coisa, deveria ter
pedido ajuda. A maioria dos líderes ministeriais tomam atitudes isoladas,
precipitadas quando a si mesmos e por esta razão são maus vistos depois porque
nunca fizeram saber a sua cobertura ministerial os problemas maus resolvidos de
seus ministérios. Um grande amigo, um dia em seu gabinete me disse: “Se você
houvesse buscado ajuda antes de tomar esta decisão, Nelson, nós poderíamos
comprar tua briga, mas agora é muito tarde. Não podemos fazer nada por você.”
Havia tomado decisões precipitadas no meu ministério, e depois procurei ajuda.
Não fui ao monte de Deus, por isso estava sendo mal compreendido. O monte de
Deus nestes momentos e a ajuda de nossos amigos ministros a altura de Arão,
será de grande ajuda. Mas Moisés não lhe falou nada. Lá na frente, quando ele
tomar uma decisão sentimental mais forte, Arão não lhe compreenderá (Nm.
12:1-16), e murmurará contra Moisés. Moisés se fechou e nunca procurou ajuda
sacerdotal. Deus lhe havia enviado ajuda, mas o orgulho profético não permitiu
ser ajudado. Quanto mais sábio é o ministro, mas orgulhoso tende a ser nestas
horas quando é frágil como um pote de barro. Busque ajuda na sua cobertura,
busque o monte de Deus antes de tomar qualquer decisão na sua vida matrimonial.
Os apóstolos de sua vida não poderão simplesmente usar sua autoridade se não
orarem a este respeito, se não conhecerem o problema a fundo.
Somente
depois que Moisés havia estado no Egito, depois que havia passado as dez
provações que sobrevieram sobre aquela nação, quando o povo já estava em frente
de Midiã, na volta, quando os rumores de que Deus havia tirado seu povo do
Egito (coisa que Zípora não cria muito acontecer), Jetro vem ao encontro de
Moisés, trazendo com ele sua mulher e seus filhos de volta, pois a Bíblia
claramente diz que ele a enviou a seu pai (Êx. 12:1-7).
1. Ora
Jetro, sacerdote de Midiã, sogro de Moisés, ouviu todas as coisas que Deus
tinha feito a Moisés e a Israel, seu povo, como o Senhor tinha tirado a
Israel do Egito.
2. E Jetro, sogro de
Moisés, tomou a Zípora, a mulher de Moisés, depois que este lha enviara,
3. e aos seus dois filhos,
dos quais um se chamava Gérson; porque disse Moisés: Fui peregrino em terra
estrangeira;
4. e o outro se chamava
Eliézer; porque disse: O Deus de meu pai foi minha ajuda, e me livrou da espada
de Faraó.
5. Veio, pois, Jetro, o
sogro de Moisés, com os filhos e a mulher deste, a Moisés, no deserto onde
se tinha acampado, junto ao monte de Deus;
6. e disse a Moisés: Eu,
teu sogro Jetro, venho a ti, com tua mulher e seus dois filhos com ela.
7. Então saiu Moisés ao encontro de seu sogro, inclinou-se
diante dele e o beijou; perguntaram um ao outro como estavam, e entraram na
tenda.
No verso 1 vemos como a notícia havia chegado a Midiã. No verso 2
temos conhecimento de que maneira ele voltou a estar com seus pais, desde
aquela despedida triste de Êxodo 4. Pois eles, a família inteira estava de viagem
para o Egito, quando o incidente da separação aconteceu e eles discutiram e ela
voltou a Midiã. Jetro, sabiamente, veio ao encontro de Moisés e no verso 6
(cap. 12), recorda: “Sou teu sogro Jetro, venho a ti, com tua
mulher e seus dois filhos com ela.” Veja que a Bíblia diz “seus dois filhos”.
Ele estava só, viveu aqueles dias sem considerar a Moisés como seu esposo. Ela
não esperava aquela situação. Agora já não eram mais filhos de Moisés, eram
seus filhos. A atitude de Moisés em relação a ela foi fria. Ele entrou na tenda
com o sogro, quando deveria entrar na tenda com sua mulher. Muitos dias havia
passado desde que se separaram. Quando se encontram, a frieza dominava aquele
relacionamento (v.7).
Todos os homens que estavam no acampamento se deram conta de como
a situação estava. Havia um cheiro de polêmica no ar entre a família. O coração
entristecido de Jetro estava a ponto de explodir torcendo por uma
reconciliação.
Infelizmente não houve reconciliação.
Mais de seiscentas pessoas que estavam ali haviam passado
430 anos como escravos no Egito. Todos ali haviam marcado as portas de sua
tenda para não ver a morte entrar nas suas casas; todos ali haviam obedecido as
ordens de saída de forma incondicional, todos ali se sentiam felizes porque
haviam passado o Mar Vermelho por causa da liderança e obediência de um homem
que havia sofrido pela liberdade de seu povo e pelo cumprimento de sua missão
em atenção ao chamado exclusivo de seu Deus, o grande Eu Sou. De repente, no
meio do caminho, chega uma mulher incrédula em tudo aquilo, desobediente às
ordens de Deus (e não era pelo fato de ser ímpia, pois seu pai era homem de
Deus também e sacerdote), que jamais havia passado o batismo do Mar Vermelho,
querendo entrar na Terra da Promessa… Ah! Mais essa é muito boa, essa é sim!
Dentro da missão de um chamado os dois têm um compromisso de
viverem juntos as decisivas situações que a vida em comum lhes reserva. Zípora
jamais entraria no gozo da promessa sem ter passado o Mar Vermelho, sem ter
marcado a porta de sua casa para salvar o seu primogênito (usando sangue de
novo – mais uma razão para chamar-lhe sanguinário). O Anjo da morte andava por
ali.
Embora Jetro tivesse habilidade de um grande mestre e conselheiro
não pode fazer muito por aquela situação.
Infelizmente, Zípora regressou com o seu Pai para Midiã. Não quis
ficar ali no deserto com eles. A visão ainda era para muitos dias, sem contar
os 38 anos de Cardes Barrnéia. Ela não suportaria a luta. Nenhuma mulher que
não passar lado a lado com seu marido o Mar Vermelho de seu Êxodo Ministerial,
jamais terá condições de atravessar um deserto de quarenta anos até chegarem
juntos na terra da promessa.
Antes de Jetro Hobab regressar de volta, Moisés intercedeu
que ele fosse o seu guia. Não pareceu bem ao Senhor isto, pois a nuvem os
guiava até então (Num 10:36). A vinda de seu sogro naqueles momentos foram de
grande bênção. Pelo seu conselho, até um grande exército foi formado (Num 10).
Por isso havia muita afinidade entre Moisés e seu sogro. Mas ele amava sua parentela
(Num 10:30) e Zípora também. Isto acontece no capítulo 10. Já no capítulo 11,
Moisés toma uma esposa etíope, “cusita” (Num 12:1). Por causa desta mulher
etíope, Arão e Miriã se rebelarão contra Moisés e por esta causa haverá uma
reunião diante de Deus.
É claro que há casamentos desfeitos por safadezas e infidelidade
proposital, mas este não é a razão de meu livro, nem quero tratar desde
assunto. Estou falando de outras situações, de pessoas verdadeiramente sinceras
e que vivem circunstâncias que os aprisionam de tal forma que por não encontrar
uma explicação honesta e clara biblicamente perdem a razão de viver ou de
ministrar. Minha razão é nobre e o assunto é sério e é para este tipo de
pessoas que estou escrevendo. Jesus dirá naqueles dias “estive preso e não me
visitastes, tive fome e não me destes de comer”. Quando aquele que liberta está
preso? Quando o pão da vida tem fome? Jesus está preso quando vive na vida de
pessoas que sofrem a pena de Moisés, tem fome quando vive na vida de quem não tem
resposta quando clama por justiça. Este Jesus preso deve ser visitado. Este
Jesus faminto deve ser saciado. Não pior prisão do que a prisão sentimental.
Quem os libertará?
Se o Filho vos libertar verdadeiramente sereis livres.
A solidão de Moisés, o bispo das tribos, líder de Arão, pela falta
dos filhos, da esposa que com seu caráter agressivo e desobediente volta com
seu pai. Não era a primeira vez (Êx 12:1).
Depois disso haverá um sentimento de ódio contra Israel por causa
disso. Vemos estampado sobre este sentimento em Números 25. Especialmente nos
versos 6-18. A
separação de Jetro que volta para Midiã acontece no capítulo 10, no capítulo 25
Deus manda ferir os Midianitas. Como você crer que estava o coração de Moisés,
pai de dois midianitas? (Num 25:16). Tudo isso aconteceu porque Moisés não
tinha autoridade para repreender a um jovem que tomou a uma midianita. Que iria
dizer? Ele havia se casado com uma? (Num 25:6). Há preços que uma pessoa paga
no ministério por não ter um Finees que veja conforme o coração de Deus, e
destrua o mal que entra no meio do povo (Num 25:7,8).
Voltando
ao capítulo 12 de Números, verso 1, vemos que Miriã e Arão, como membros de sua
família deveriam entender a situação de seu irmão; considerar a honestidade de
seu ministério e de seu exemplo de fidelidade até aquele momento. Os frutos de
seu ministério haviam sido aprovados por Deus.
Na
consideração psicológica e ministerial de Arão Moisés, pelo fato de ter tomado
uma mulher como esposa em lugar de Zípora, está caído. Moisés não adulterou
com ela para depois tomá-la como esposa, e isto é o que geralmente acontece.
Não.
Mesmo
assim, Moisés estava caído na concepção deles. Agora eles estavam preparando
caminho para assumirem a posição de liderança do povo, em conseqüência da recente
queda de Moisés... Observem que eles não eram estranhos, eram seus
irmãos de sangue. Haviam visto tudo o que Deus havia feito através de seu
irmão, Moisés. Veja que os inimigos do homem são os da sua própria casa.
A
primeira atitude que tomam as pessoas quando encontram-se em situações
semelhantes é questionar a unção de Moisés, e comparar a habilidade espiritual
a fim de justificar um golpe de estado ministerial (Num 12:1-3). “Deus tem
falado somente por Moisés? O senhor porventura não fala através de nos?”
O
assunto está em que Deus
ouviu e viu a murmuração deles. Viu a sutileza de seus corações e veio para
julga-los.
Estar
preparado para ser hipocritamente tratado, é um dos preços que uma pessoa que
quer ver decidida sua demanda sentimental tem que pagar por anos. Moisés
estava sendo julgado pelo seu ministério: Deus não fala mais. As pessoas
pequenas não estão preocupadas enquanto o casal vive seus problemas, o muito
que se escuta é: vamos orando, vamos orando. Quando há uma separação de fato e
de direito, todos se importam, se importam demais, mas com a posição que
poderia ser tomada: o lugar de Moisés. Nessas horas é que agente sabe quantos
inimigos tínhamos pelo acampamento, quando numa única oportunidade demonstram
como nos respeitavam com a sua inveja. Arão e Miriã estavam se preparando
para serem os “libertadores do Egito”, vejam só! Para isso era necessário
derrubar todo o prestígio de Moisés como profeta, não importa se ele era seu
irmão de sangue. Miriã havia ajudado a arca de juntos chegar ao palácio do rei,
foi tipo do Espírito Santo, agora queria afundar o transatlântico com um sopro.
“E
é porque tem outra mulher”. Disseram seus irmãos ministros. A dirigente do
louvor e o sumo-sacerdote murmurando, preparando caminho para um golpe. Foi ai
que interveio Deus. Chamou os três em audiência e fez questão de vir
pessoalmente e nada de mandar anjos. “Vou resolver isto agora, e diante da
tenda do testemunho.” Isto era coisa séria. O resultado seria fatal. Chegou
irado. Desceu numa nuvem e ficou à porta da tenda. Quando os três foram
convidados à tenda, ele já estava lá no meio da nuvem (Num 12:5). Foi um
julgamento que os anjos quiseram ver. O assunto em pauta era: A mulher etíope
de Moisés. Por que a tomou? O advogado de acusação: Arão. Assistente, Miriã. O
reú: Moisés. O jurado, os anjos.
Antes
de passar por ali, espíritos de lepra pediram permissão para tocar-lhes. O
Diabo é sujo, ele acusa os irmãos (Ap. 12:10-12). Intriga de irmãos é com ele.
Ele ama famílias desunidas. Quando o Anticristo assumir, a característica
familiar será esta: filhos contra pai, irmão contra irmão.
A
promotoria estava revestida de acusações. Moisés não falou nada.
-
Fique aqui na tenda, Eti (é a que mulher dele não tem nome), vou regressar,
disse Moisés.
Não
espere ser julgado por Deus, os anjos e a Palavra requererão veredicto e o
veredicto é morte, enfermidade, entrega a Satanás. Você tem que ser muito macho
para enfrentar um juízo quando acusar um ungido de Deus. Deus não vai
questiona-lo, mas ordenará o ataque. Se for forte prevalecerá, mas não sairá
sem mancar como Jacó. Ele não admite outro tribunal que não seja o autorizado
por ele para julgar ungidos. Arão e Miriã se sentiam no direito de formar um
tribunal particular na mesa de sua tenda. A lepra rondava e não era a lepra
simplesmente, eram espíritos familiares que desejam assumir através de suas
injustiças o controle de cadeias hereditárias familiares.
Moisés
era um homem mui manso, mais do que todos que havia sobre a face da terra (Num
12:3). Ele havia aprendido muitas grandes lições. O Homem irrepreensível não é
aquele que não erra, ou aquele que demonstra à Igreja certo grau de “santidade”
franciscana. O homem irrepreensível é aquele que ninguém consegue repreende-lo,
porque se auto-repreende. Não entenda isso como auto-disciplina, mas
auto-repreensão. É concertar-se antes que outros publicamente venham a tomar
partido de forma a contrariar-nos.
Deus
veio e chegou logo dizendo:
“Ouvi
agora as minhas palavras: se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, a ele me
farei conhecer em visão, em sonhos falarei com ele. Mas não é assim com o meu
servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa; boca a boca falo com ele,
claramentee não em enigmas ; pois ele contempla a forma do Senhor. Por que não
temestes falar contra o meu servo, contra Moisés? Assim se acendeu a ira do
Senhor contra eles; e ele se retirou; também a nuvem se retirou de sobre a
tenda; e eis que Miriã se tornara leprosa, branca como a neve; e olhou Arão
para Miriã e eis que estava leporosa.” (Nm 12:6-10).
Quando
a nuvem se retira é que vemos o quanto leprosos somos, quão branco estamos e
sob a ira de Deus. Enquanto Miriã estava sob a nuvem, ainda que leprosa e sem
saber, a lepra não foi vista. Quando a nuvem saiu, a lepra se manifestou de
forma visível. Quantos não estão leprosos por dentro e escondem sua murmuração.
Um dia a nuvem sairá da porta de sua tenda.
A
fidelidade foi questionada. A fidelidade matrimonial foi questionada? Zipora
estava em Midiã. Zípora
iria ser julgada. As terras de Jetro seriam destruídas. A sedução de Midiã
alcançaria o povo. Moisés foi o primeiro a sofrer. Mas nem todos são contra
Moisés, não se engane. Haviam homens desconhecidos por nós por ali. Conheça-o:
o sobrinho de Moisés, Finéias.
11.
Finéias, filho de Eleazar, filho do sacerdote Arão, desviou a minha ira de
sobre os filhos de Israel, pois foi zeloso com o meu zelo no meio deles, de
modo que no meu zelo não consumi os filhos de Israel.
12. Portanto dize: Eis que lhe dou o
meu pacto de paz,
13. e será para ele e para a sua
descendência depois dele, o pacto de um sacerdócio perpétuo; porquanto foi
zeloso pelo seu Deus, e fez expiação pelos filhos de Israel.
14. O nome do israelita que foi morto
com a midianita era Zinri, filho de Salu, príncipe duma casa paterna entre os simeonitas.
15. E o nome da mulher midianita morta
era Cozbi, filha de Zur; o qual era cabeça do povo duma casa paterna em Midiã.
O
texto citado pode trazer confusão ao leitor, mas me refiro a algo mais
profundo, à ocasião em que
Deus mandou ferir os Midianitas. Em Números 25, 6 mostra-nos
que o israelita que tomou mulher midianita o fez à vista de Moisés e de todo
Israel. O zelo de Finéias não respeitou preceitos de homens, ele respeitou a
Deus. Sabia que as mulheres midianitas eram um laço, Haviam sido para Moisés.
Moisés não tinha autoridade para resolver aquela situação, mas Finéias, em nome
de Deus, tinha. Ele era amigo de Moisés. Por isso, aproveitou a oportunidade
para ser sacerdote pactuado. Não há espaço para falar sobre isto. Mas as
bênçãos por seu ato serão vistas em Ezequiel 40-48. Tudo isto aconteceu treze
capítulos depois da rebelião de seu avô. Arão.
“Afligi
vós os midianitas e feri-los”(v.17).
Agora
observe comigo: que seria de Zípora, Gerson e seu irmão. Moisés, numa ocasião
daquelas se via sem autoridade. Midiã o havia acolhido no exílio, quando há
oitenta anos se refugiou nos braços de Jetro. Mas por causa da chamada divina,
dos preceitos e das doutrinas divinas Zípora perdeu a chama de seu amor,
abandonou Moisés no início da carreira. Veio encontrar-se com ele somente
depois que o povo havia passado o Mar. Não quis ficar com seu marido, amava sua
parentela, nunca havia se comprometido com o chamado de seu marido. Somente
agora, com o incidente do capítulo 25, depois que o povo ver mortos mais de 24
mil pessoas por causa de uma mulher midianita é que passaram a compreender o
coração de Deus, sua tristeza e dor por causa do jugo desigual. Quando Moisés
toma a sua mulher verdadeira, a etíope, com a permissão divina, e é abençoado
por Deus que jamais questionou sua posição, Miriã sem entender muito bem,
começa a murmurar. Somente depois na atitude de Finéias é que vemos que nem
todos estão contra nós e por causa de certas circunstâncias não se
manifestam. Mas aqueles que se manifestam recebem bênção de um pacto eterno e
jamais a lepra chegará a sua tenda.
Para
que sintam como é duro o julgamento de Deus, como é duro aparecer num tribunal
sem peitoral de juízo, principalmente quando temos uma acusação contra um servo
de Deus fiel na sua casa.
Por
que o juízo de Deus veio contra os dois: “contra eles”, mas somente Miriã ficou
leprosa. As doze pedras podem não estar no peito, mas a uncão das doze pedras
que formam o peitoram seguem com o ungido, mesmo que aparentemente não carregue
no peito o peitoral. Isso quer dizer que a unção das doze pedras do peitoral e
mais as duas pedrinhas urim e tumim que representam o Espírito Santo garantem a
unção do ungido. Quando a ira de Deus se acendeu contra os dois, Deus estava
tão irado contra eles que não tomou em conta a o peitoral que levava Arão.
O
peitoral rebateu automaticamente a ira de Deus e Arão foi salvo. Isto quer
dizer que nem as setas de Deus conseguem atravessar a escuderia do peitoral de
juízo que Deus lhe deu para usar no seu sacerdócio.
Quando
deus virou-se para traz, somente Miriã estava leprosa.
-
Ó, o peitoral, o peitoral!
Essa
foi boa. Nem Deus pode atravessar a unção do peitoral de juízo que ele mesmo
cria sobre seus ungidos. Quando mais um macumbeiro espiritual que se diz
pentecostal e que ser dono da cocada preta na congregação, que sabe que a
oração para ele não é comunhão com Deus, mas um elemento falso de feitiçaria, que
sabe que sua reputação faz com que todos acreditem nele sem questionar, mas
um dia a casa cai, cai sim! Quando a nuvem sair da tenda Miriã vai ser vista
branquinha… e Moisés justificado orando por ela, que Deus a cure da
lepra.
Quando
Deus viu que Arão estava limpo. Aí estava o assunto dos próximos capítulos. A
Morte de Arão. Deus quis mata-lo. Dá um avisinho no capítulo 17. Manda pôr a
vara junto com as outras varas, e a re-enverdece, faz que brote amêndoas,
mostra-a ao povo e é colocada de novo no santíssimo. Arão iria ter sua
autoridade renovada, o povo iria ver, mas iria morrer logo a seguir, porque
Deus não tem prazer em que o seu ungido morra na vergonha de seu pecado. Oito
capítulos depois morreu. Muitas vezes Deus restaura o seu ungido e o mata
em glória. Sabe
por que isto aconteceu? Todo mundo no acampamento ficou sabendo da rebelião dos
dois. A autoridade sacerdotal de Arão foi tocada e a de Moisés aumentou. Esta é
a grande colheita que ceifa o injustiçado: o prestígio de Deus no nome dele;
porque o povo sempre fica sabendo quem é aquele que recebe veredicto
favorável.
O
aviso de Deus foi dado em Números 17, Miriã morre a seguir e Deus convida a
Moisés que tire as roupas de Arão num lugar separado, no monte, e isto incluía
o peitoral de juízo. Se puder, depois, leia Números 20:22-29. E depois conclua
por você mesmo o que significa “e despe Arão e suas vestes, porque Arão
morrerá” (v.25,26). Deus não pode matar o seu ungido enquanto em um lugar
santíssimo, em separado do público carnal, não tiver entregue suas roupas e seu
peitoral. O peitoral é a nossa salvação e o peitoral do sacerdote do Novo
Testamento tem muito mais pedras preciosas, pois o seu sacerdócio é segundo a
ordem de Melquisedeque.
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